terça-feira, 27 de setembro de 2011

Filhos do rei D. Fernando de Portugal, e mais a bastarda

Filhos de D. Fernando, e mais a bastarda

D. Fernando, cognominado de «O Formoso», nasceu em Lisboa a 31 de Outubro de 1345 e morreu a 22 de Outubro de 1383. Casou com D. Leonor Teles de Menezes, por quem se apaixonou estando ela casada com um dos seus cortesãos. Após a anulação desse primeiro casamento de D. Leonor, o casal casa-se no Mosteiro de Leça do Balio a 15 de Maio de 1372.

Já por essa altura D. Fernando tinha uma filha, D. Isabel, nascida em 1364, que em 1378 casaria em Burgos com D. Afonso, Conde de Gijon e Noronha, filho bastardo do rei Henrique II de Castela. Deste casamento procedem muitas famílias ilustres deste nosso Reino, os Condes de Monsanto, Marqueses de Cascais, os Condes de Valadares, os dos Arcos, os de Vila Verde, os Marqueses de Angeja, os de Marialva, os Condes de Cantanhede, os Senhores de Ílhavo, etc, etc. Quando o marido morreu, D. Isabel regressou a Portugal, onde o tio D. João I lhe fez muitas mercês.

De D. Leonor, a Aleivosa teve D Fernando dois meninos que não vingaram: os Infantes D. Pedro e D. Afonso.

Ficou a Infanta D. Brites/Beatriz, nascida em Coimbra no ano de 1372, curiosamente o ano do casamento oficial dos pais, D. Fernando e D. Leonor. D. Beatriz casou aos 11 anos, a 14 de Maio de 1383, na cidade de Badajoz, com o rei D. João I de Castela, precedendo dispensa Pontifícia no grau de parentesco, que havia entre os esposos e celebrando-se esta função com grande pompa e magnificência. Pouco durou esta união, porque o rei morreu em 1390 e ficou a Rainha D. Beatriz - com 18 anos -, sem filhos e desamparada de parentes e amigos em Portugal e Castela. Em Portugal, porque o rei D. João I, seu tio, se tinha apossado do Reino, contrariando a sua legitimidade; e em Castela era mal aceite por causa das guerras pela posse de Portugal. Jovem e formosa, foi procurada para segundas bodas pelo Duque de Áustria. Mandou a nossa D. Beatriz, legítima rainha de Portugal, através de embaixadores que enviou ao duque, que mulheres como ela não se casam duas vezes. Sabe-se que em 1412 ainda era viva, pois escreveu ao rei Fernando I de Aragão, pedindo ajuda para o restauro do Convento de S. Francisco em Toro, onde foi sepultada.

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