segunda-feira, 10 de outubro de 2011

História das Ordens Religiosas em Portugal - Franciscanos

História das Ordens Religiosas em Portugal - Franciscanos


Os primeiros Religiosos da esclarecida Ordem dos Menores que puseram os pés no Reino de Portugal, foi o mesmo Serafim dos Patriarcas S, Francisco de Assis, com seus companheiros Frei Bernardo e Frei Maffeu no ano de 1214, aos quais trouxe a Hespanha o ardente desejo de padecer martírio em Marrocos, mas não podendo seguir sua derrota por causa de enfermidade que lhe sobreveio, passou o Santo a Galiza a visitar o bem-aventurado corpo de Santiago.

De caminho entrou neste Reino pela Província de Trás os Montes e demorando-se algum tempo em Bragança, ali querem alguns que fundasse a primeira Colónia Seráfica. Depois passou a Guimarães e logo a Coimbra, onde segundo nossas Cronicas visitou a Rainha Dona Urraca, mulher del Rei D. Afonso II, à qual com espírito profético prometeu a permanência do Português Império.

Voltando a Itália, no primeiro Capitulo Geral que se celebrou em Assis, no ano de 1217, com parecer dos Religiosos nele congregados, mandou a diversas partes da Cristandade alguns, cabendo a Portugal dois, que foram os Santos Frei Zacarias e Frei Gualter, ambos Italianos e sujeitos de grande virtude, dos quais, tendo noticia a mui Católica e Santa Infanta Dona Sancha, que vivia na sua Vila de Alenquer, os mandou logo chamar, dando-lhes um quarto do seu Palácio para sua habitação e ali fundou Frei Zacarias o segundo Convento da Ordem neste Reino, e S. Gualter o terceiro, em Guimarães, para onde foi chamado e persuadido daquele devoto povo.

No decantado Capitulo das Esteiras, que se celebrou no ano de 1219 em Assis e em que se acharam cinco mil Capitulares, ficou a Custodia de Portugal sujeita à obediência da Província Castela e assim permaneceu até o ano de 1233, em que a Província de Hespanha se dividiu em três, chamadas Castela, Aragão e Santiago e à ultima ficou unida a de Portugal, e com a mesma sujeição; porém no ano 1378, lha negou, levantando-se em corpo de Província, separada por dois motivos: o primeiro, pelas travadas guerras que por este tempo se principiaram entre Portugal e Castela; o segundo, pelo lamentável cisma que então houve, seguindo a Província de Portugal ao verdadeiro Pontífice Urbano VI e os de Castela ao Antipapa Clemente VII.

Assim permaneceram alguns anos, até que, eleito Martinho V e acabado o cisma, se uniu toda a Igreja Católica à sua obediência e, querendo os Castelhanos unir também à sua Província Serafica a deste Reino, como a separação ao havia sido tão justificada, determinou o Pontífice que ficassem separadas, tomando e conservando a Religião neste Reino o titulo de Província de Portugal, fecunda prole em tao numerosos Conventos, donde tem saído todas as mais Províncias de Reforma e Recoleicao Franciscana, em grande credito desta chamada de Portugal.

A Ordem Franciscana consta dos seguintes Conventos em Portugal:


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