História
Pena de Morte
A cruz
Este suplicio foi comum a quase todos os povos da antiguidade; porém, existiam processos diferentes.
A príncípo não era mais que um barrote ou poste de madeira posto a prumo, ao qual ou atavam o criminoso com cordas pelos braços e pernas, ou o pregavam com grandes cravos nas mãos e nos pés. Muitas vezes serviam-se do tronco de uma árvore; porém, o mais comum era uma cruz formada de duas peças de madeira, reunidas de três modos diferentes: um, cruzando-os obliquamente pelo meio em forma de X, a que costumamos chamar a cruz de Santo André; outra forma, era atravessando horizontalmente uma das peças no alto da outra em forma de T; por fim, atravessando esta peça um pouco mais abaixo, a um terço ou quarto da altura da outra que fica a prumo. Jesus Cristo parece ter sido crucificado desta ultima forma.
Os persas reservavam esta pena a pessoas socialmente bem colocadas; os cartagineses reservavam-na para os seus generais e cabos de guerra; os romanos aos escravos, sediciosos e, por vezes, a mulheres; os judeus aos grandes criminosos e insignes selerados. Tanto entre estes como entre os romanos, o suplício da cruz era o mais infame e afrontoso.
De uma forma geral os algozes estendiam o réu sobre uma cruz deitada no chão, e prendiam-no ou pregavam-no de braços e pernas abertos, se a cruz era em X; ou com as pernas juntas e os braços abertos, nos outros dois casos. Depois levantavam a cruz ao alto, por meio de cordas e escadas, e plantavam-na na terra, segurando-a por meio de estacas e cunhas. Quando o paciente era atado por cordas, normalmente era garrotado logo que levantavam a cruz.
Os gregos e os romanos deixavam morrer os condenados na cruz, e nunca retiravam os corpos, que ali ficavam expostos, até serem consumidos pelo tempo; os judeus, por sua parte, costumavam descer os corpos para os enterrarem no mesmo dia da execução, mas depois, partiam-lhes pouco a pouco os ossos dos braços e das pernas.
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