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sábado, 6 de abril de 2013

Viseu: restaurante "O Cortiço" vai fechar


Jornal do Centro de 4 de Abril de 2013, edição impressa.

«Dom Zeferino, seu fundador, andou pelas aldeias da região na pesquisa da arte culinária, no levantamento de usos e costumes, na investigação de receitas antigas que os idosos ainda guardavam da tradição oral. Daqui resultaram pratos para uma ementa que se tornou célebre dentro e fora do país." (Emília Amaral)

sábado, 30 de março de 2013

Viseu: sequestro e roubo entre Pousada da Juventude e Quinta da Carreira



Viseu: sequestro e roubo entre Pousada da Juventude e Quinta da Carreira

Apanharam o homem pela 1h30 junto à Pousada de Juventude e obrigaram-no a levantar dinheiro no BPI da Quinta da Carreira; felizmente alguém viu e a PSP caçou os delinquentes.

Correio da Manhã, edição impressa de 30 de Março de 2013

sábado, 23 de março de 2013

Convívio - Viseu



Convívio Viseu: Novidade loira de 40 anos, oral natural amêndoa doce; novinha pentelhuda e muito meiga; novidade portuguesa, pela primeira vez aos 43 anos, meiga, peito XXXL, acessórios cintura, dominação e deslocações (porra); bela morenaça de grutinha quente; casada bonita e iniciante, sozinha, beija na boca; branquinha peludinha; índia corpo escultural, bom linguado; portuguesa de 42 anos muito peluda; mãe e filha, bonitas, loiras e safadas (que família); Susana de 38 anos, elegante beijokeira; ninfeta de 25 anos atende homens até aos 30 anos por 20 rosas (os cotas pagavam mais, ou não?); senhora sozinha gosta de ser consolada enquanto brinca com vibrador; travesti Susana de passagem; algarvia de 20 anos, corpo rijo, emputa pela primeira vez; e pela primeira vez menina inocente (tá-se memo a ver), corpo de boneca, atende com acessórios; travesti emputando pela primeira vez tem corpo de boneca e dote gigante com leite (envacou também); primeiro emputanço de miuda cor de chocolate; exótica e gira, adora atrás mais acessório na frente; trintona gurdinha (com u), insasiavel, greluda, peludinha, adora mineta até domingo (depois, ó, nada de grelo com pêlo); primeira vez de morena de 20 anos, faz 69 ó fundo, corpo rijo, bunda XL.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Viseu: examinador de condução pede 30 euros para não chumbar


Viseu: examinador de condução pede 30 euros para não chumbar

Correio da Manhã de 16 de Julho de 2012, edição impressa

Vida tá dificel :)

Convívio: Viseu, Julho 2012



Convívio: Viseu, Julho 2012

Correio da Manhã, edição impressa de 15 de Julho de 2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Uma consulta de Varfine (Varfarina - anticoagulante) no Hospital de Viseu


Uma consulta de Varfine (Varfarina anticoagulante) no Hospital de Viseu

Começa pela hora a que está marcada, por exemplo 9h30. Um tempo antes (que não é definido, normalmente 20 minutos antes das 9h) os vigilantes começam a entregar senhas numeradas para o Laboratório (mas isso você não descobre a não ser com a experiência). Depois, uns dez minutos antes da hora da consulta, pedem que se forme uma fila e, dependendo do que lá está, deixam ir à frente os que usam canadianas e bengalas.

Parece uma ajuda, mas não é, pois cada um tem uma senha numerada e é por essa ordem que o papel da consulta deve ser entregue no guiché do Laboratório. Portanto tem que se enfrentar outra fila e estar atento, para entregar a sua folha se consulta na ordem certa. Mas essa ordem ditada pelo número da senha não quer dizer que o número 10 vá ser atendido antes do número 13. Pelo meio aparecem pessoas (grávidas, diabéticos e casos que têm prioridade) que se intrometem entre os números, isto para já não falar do número de pessoas que estão a tirar sangue e do tempo que cada um demora a tirar a roupa, depois a vestir-se e, por fim, se correu sangue demais ou não. Normalmente por volta das dez e meia já estão todos despachados. Pelo meio é necessário ir entregar o cartão a outro guiché que se encontra depois de passar a porta que está em frente à do Laboratório, não o primeiro, mas o seguinte, do lado esquerdo. Pode haver fila aí também.

A partir da recolha de sangue é necessário esperar pelos resultados; normalmente vão saindo a conta gotas e vai sendo entregue a cada um a folha com a dose a tomar e a de marcação de nova consulta. Isto se os resultados estiverem dentro dos parâmetros estabelecidos. Se não estiverem ter-se-á que esperar pelo fim para se ser recebido pela doutora, o que pode acontecer até à uma da tarde, se não mais.

Antes de sair é necessário voltar ao guiché onde se entregou o cartão e entregar o papel da nova consulta, que será introduzida no computador. Pode ser rápido, mas também pode haver uma nova fila. E é bom não se esquecerem de perguntar se há alguma coisa a pagar, porque a alternativa é receberem em casa uma carta ameaçadora dizendo que se não for pago 1 euro e 20 cêntimos em quinze dias (é verdade) terão problemas.

Como se vê, é uma manhã perdida para quem acompanha um paciente e horas de espera para quem precisa. Não se pode esperar que as coisas melhorem, é mesmo assim e o pessoal do Hospital de Viseu até é do melhor que se pode encontrar.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Viseu História: A Inscrição de Lamas de Moledo


Viseu História: A Inscrição de Lamas de Moledo

Por José de Oliveira Berardo

Junto ao lugar de Lamas de Moledo, no actual concelho de Mões, do distrito administrativo e bispado de Viseu, quase em distancia de quatro léguas ao nordeste desta cidade, existe uma notável inscrição encontrada haverá cinquenta anos, ou para melhor dizer conhecida desde aquele tempo pelos homens inteligentes e possuidores dalguns conhecimentos arqueológicos. É uma extensa lapide de granito comum do país, já algum tanto fendida pelo meio, compreendendo na sua área trinta e cinco palmos craveiros de altura sobre trinta e três de largura. A face desta lapide que está virada para o norte, contem onze letreiros desiguais, tendo as regras ou colunas, colocadas verticalmente e começando a mais pequena delas pela parte do poente. Cumpre aqui prevenir pelo que adiante teremos de ponderar que em distancia a menos de légua, correm alguns ribeiros que formam um pequeno rio denominado Coura, influente da margem direita do rio Vouga, os quais podem ter servido para demarcação de distritos. Eis aí uma copia fiel da inscrição:



O primeiro aspecto desta inscrição, apresentando caracteres romanos, siglas quase desconhecidas, nomes completamente bárbaros e, mais que tudo, a direcção vertical das regras, impressiona o leitor curioso de tal maneira que lhe suscita logo a ideia de uma invenção caprichosa e enigmática.

A coluna terminada ao Nascente pode servir de ponto de partida para entrarmos neste intrincado labirinto. Sem a menor hesitação podemos ler Caelobricoi e referir este vocábulo (provavelmente em genitivo) á antiga cidade de Calabria, que no domínio dos godos fora sede de um bispado composto principalmente de uma paroquia da diocese de Viseu, como se depreende das actas do concilio de Lugo que estão nos códices de Braga, cujos fragmentos, ainda que interpolados, têm contudo muita autoridade entre os melhores críticos.

Segundo o autor do Elucidário: «Quase uma légua de Castelo Melhor, entre Leste e Nordeste e já no termo de Almendra e na Comarca de Riba-Côa, acham-se as ruínas da famosa cidade de Caliabria, que no tempo dos Godos foi Episcopal e nos Concílios de Toledo figuraram os seus Prelados desde 621 a 693. Pela invasão dos Sarracenos cessaram os seus Prelados e, na restauração de Espanha, passou a Cadeira Episcopal à Cidade Rodrigo. Baldadamente se empenharam alguns escritores em localizarem fora de Portugal a Cidade de Caliabria (...) No Arquivo da Sé de Cidade Rodrigo encontram-se documentos incontestáveis do nome e localização desta cidade e principalmente uma doação que o rei D. Fernando II de Leão fez àquela Catedral em 1171.»

Henrique Flores escreve em España Sagrada: «Cominando documentos resulta que, reinando na Espanha o godo Suintila a partir de 621, foi primeiro Bispo de Calabria Servus Dei, o qual subscreve no 4º Concílio de Toledo celebrado a 5 de Dezembro de 633. Sabemos que os Suevos dominaram até aos limites de Cidade Rodrigo, onde se achava Calabria, paróquia sujeita ao Bispado de Viseu, como se vê nas actas do Concílio de Lugo. Como porém houvesse grande distância entre as Cadeiras das Sés de Salamanca, Egitania e Viseu, resultando grandes embaraços para os ofícios eclesiásticos, os Godos já católicos trataram de instituir em Calabria um Bispado, centro da circunferência de Lamego, Viseu, Egitania, Coria, Avila e Salamanca.»

Depois do primeiro Bispo de Calabria temos notícia de Celedonio, Aloario e de Ervigio, que subscreveu no 16º concílio de Toledo, celebrado em 693.


Tendo em vista o que atrás citámos, somos do parecer que a lápide de que estamos a tratar, foi ali colocada provavelmente em meados do século VII, para demarcar os limites do território do bispado de Calabria, desanexado do de Viseu.

O que se pode ler, sem forçar muito as aparências, são alguns nomes de antigas povoações ou paróquias de que ainda hoje, nos bispados de Viseu e Pinhel, existem os vestígios com as denominações forçosamente pervertidas pelo tempo.

É portanto provável que Ançom corresponda hoje à paróquia de Antas ou à de Algodres, ao arciprestado de Pena Verde; ou a algum lugar já desaparecido. Lamaticom será com toda a probabilidade a paróquia de Lamas de Moledo, onde a lápide está colocada. Estas povoações pertencem à diocese de Viseu.  Crougeai Maça podem bem ser Gouveias e Maçal; Renicei Petrnicit, Póvol d'ElRei e S. Pedro, paróquias dos actuais arciprestados de Trancoso e Pinhel; por fim Adom - Porco Miovea, as paróquias hoje denominadas de Adem e Porto d'Ovelha, do arciprestado de Castelo Mendo. Todos estes lugares pertencem hoje ao bispado de Pinhel, que foi separado do de Viseu em 1770.

Podemos pois interpretar do seguinte modo o escrito na lápide: 



(Para ver as mais recentes interpretações desta inscrição visite o site Portugal Romano)

sábado, 15 de outubro de 2011

História de Lamego e imagem de 1860 do antigo brasão



História de Lamego e imagem de 1860 do antigo brasão

A Cidade de Lamego


Está assentada esta cidade em lugar baixo, nas faldas do monte de Penude, que é continuação da serrania da Estrela e, na margem da ribeira de Balsemão, que vai desaguar no Douro, a uma légua daí. Dista do Porto doze leguas, nove Viseu e vinte e duas de Coimbra. Na nova divisão que se fez do reino em 1833, ficou pertencendo á província do Douro. Anteriormente fazia parte da Beira Alta.

Não há noticia certa sobre a fundação de Lamego. A origem grega, que lhe atribuem alguns escritores nossos, autorizando-se com as palavras de Estrabão, se não é uma fábula, pelo menos é muito duvidosa. É certo, porém, que existia como cidade no tempo dos romanos e que se chamava Lameca.

Desta época poucas memorias se encontram desta povoação, o que prova ser então pequena. Todavia não era tão insignificante que não se atravesse a rebelar-se contra o domínio de Roma, governando o imperador Trajano, que bem caro lhe fez pagar o seu arrojo.

Depois da destruição do império romano e da invasão dos povos do norte é que principiou, esta cidade, a figurar mais alguma coisa, ou deste tempo para cá é que começam a aparecer noticias dela mais positivas.

Achando-se pois sob a dominação dos suevos, foi erigida em sede episcopal, no concilio Lucence, celebrado no ano de 510 da era cristã. Este facto mostra exuberantemente, que nessa época era Lamego uma cidade importante.

Governaram este bispado sucessivamente oito bispos, até á entrada dos árabes na península. Sujeita a cidade ao jugo muçulmano, fugiram a maior parte dos seus moradores e o seu bispo, para as Astúrias, onde o valor de Pelaio e de um punhado de esforçados companheiros, tinham salvado as relíquias do império godo, lançando assim os fundamentos á monarquia dos Reis de Leão.

Sendo Lamego capital e corte de um pequeno reino muçulmano, foi tomada por D. Afonso III, rei de Leão, mas pouco depois caiu de novo cm poder dos moiros.

No século XI foi reconquistada aos árabes por  Fernando Magno, primeiro do nome, rei de Castela, achando-se nesta empresa o celebre Rui Dias de Bivar, mais conhecido na historia pelo titulo glorioso de Cid Campeador. Não são concordes os historiadores no ano desta vitoria das armas cristãs. A Chronica dos godos diz que teve lugar em 29 de Novembro de 1047. O historiador espanhol Flores pretende que foi em 1057. O que parece fora de duvida é que reinava então em Lamego um rei ou regulo chamado Zadan Aben e que D. Fernando Magno o deixou na posse do seu estado, contentando-se de o fazer seu tributário, provavelmente pela impossibilidade de assegurar aquela conquista.

No ano de 1102, ganhou o conde D. Henrique esta cidade á força de armas, mas como o rei moiro Eicha se fizesse cristão, não o despojou da coroa. Deu-se por satisfeito de que lhe rendesse vassalagem.

Não foi porém assim seu filho, D. Afonso Henriques, que, mais ambicioso de estender os seus domínios, reuniu aos seus estados o pequeno reino do Eicha Martin. A tradição, hoje muito contestada, diz que se reuniram em Lamego as cortes que puseram a coroa de rei sobre a fronte do vencedor de Ourique e que constituíram Portugal em monarquia hereditária, independente e livre.

As vicissitudes do tempo e os desastres da guerra, por vezes arruinaram e despovoaram esta cidade, sendo necessário em algumas dessas vezes reedifica-la e povoa-la quase inteiramente. Apesar da sua posição pouco vantajosa para o comercio, floresceu pelo impulso da industria nos séculos XIV e XV. Algumas fabricas de diversos tecidos e uma grande feira anual, a que concorriam muitos moiros de Granada com especiarias e fazendas do Oriente de que se abastecia a maior parte do reino, faziam de Lamego uma cidade rica e importante. Porém todas estas vantagens vem a perder pela conquista de Granada e expulsão dos moiros da península e pela descoberta da carreira da Índia. Despojada do seu pequeno empório comercial, em breve caiu em decadência a sua industria manufactora. A introdução de fazendas francesas e inglesas, que começou a tomar vulto na segunda metade do século XVI, acabou de lhe arruinar as fabricas.

Depois destes reveses, esta cidade tem-se conservado quase estacionaria. A prosperidade das vinhas do Douro trouxe-lhe, é verdade, aumento e riqueza, porém este beneficio não tardou a ser neutralisado pelas tristes consequencias das invasões estrangeiras e das lutas civis, e também pela decadência daquele importante ramo da nossa industria agrícola. Contudo, o melhoramento das vias de comunicação, promete-lhe mais prosperidade no futuro.

Com a fé cristã reestabeleceu-se em Lamego a sua antiga sede episcopal, em que têm figurado muitos prelados distintos em letras e virtudes.Deu-lhe foral com muitos privilégios el rei D. João I.

Na velha monarquia gozava esta cidade da prerogativa de se fazer representar em cortes por procuradores, que tomavam assento no segundo banco.

Tem por brasão de armas um escudo coroado e nele, em campo azul, um castelo de prata com três torres, sobre campo negro. Ao lado está uma árvore com pomos, que dizem chamar se Lamegueiro; e na parte superior do escudo, tem de um lado o sol de oiro e do outro a lua de prata.

Este é o brasão tal qual se vê pintado num livro das armas das cidades e vilas de Portugal que se guarda na Torre do Tombo. Entretanto achamos uma variante em alguns autores que põem uma estrela em vez de lua e o escudo das quinas reais por cima da fortaleza.

Fafel, compreende a catedral e uma praça, em que se levanta o paço do bispo. Chamam a este bairro o Couto da Sé. O terceiro bairro, que é em elevação e se denomina do Castelo, está no meio dos dois primeiros e tem, na parte mais alta, o velho castelo arruinado.

São duas as paroquias: a Sé e a Colegiada de Santa Maria de Almacave. Aquela é um bom templo de tres naves, de arquitectura gótica, com três portas na frontaria, cada uma correspondente à sua nave. Foi edificado pelo conde D. Henrique, no principio do século XII, e é um dos nossos antigos monumentos mais bem conservados e onde melhor se pode estudar a arquitectura daquela época em Portugal, pois que, infelizmente, todos ou quase todos os outros edifícios coevos com o nascimento da monarquia, têm sido arruinados completamente pelos séculos ou deturpados nas reedificações, a ponto tal, que não ficaram ou mal se vêem vestígios do tipo primitivo.

Há nesta igreja alguns túmulos e sepulturas notáveis, de muita antiguidade. Na capela do Santíssimo Sacramento, do lado da epistola, acha- se metido na parede o sepulcro de D. Guiomar de Berredo, neta del rei D. Afonso III. No epitáfio diz neta de D. Afonso IV, mas é erro, comprovado por documentos que existem no arquivo da mesma sé. Junto á capela do Sacramento, está outra em que avultam as armas da família Balsemão e na qual estão sepultados alguns dos seus ascendentes e entre eles, em rico túmulo, Álvaro Pinto da Fonseca, fidalgo da casa real, morgado de Balsemão e fundador deste jazigo.

Teve esta Sé um precioso tesouro de relíquias e de mui ricos vasos sagrados e alfaias, o qual desgraçadamente perdeu, por ocasião de um incêndio que devorou quase toda a sacristia.

A igreja de Santa Maria de Almacave, segundo a tradição popular, foi Catedral no tempo da monarquia dos Reis suevos e godos; depois reduzida a mesquita pelos moiros e finalmente consagrada outra vez ao culto cristão, sob a invocação da Virgem. O edifício é de arquitectura humilde e singela, como são, com raras excepções os que nos restam dessas remotas eras.

Há mais na cidade a igreja da Misericórdia, com o seu hospital, varias ermidas, o convento das Chagas, de freiras franciscanas e outro de recolhidas. Teve três conventos de frades: um de capuchos, que foi outrora de templários, outro de cónegos seculares de S. João Evangelista e o terceiro, de eremitas de Santo Agostinho.

O paço do bispo é uma boa residência com sua cerca e jardim. O velho Castelo acha-se em grande ruína, mas ainda assim é um monumento respeitável pela sua muita antiguidade e também curioso pela sua estrutura. Na sua elevada torre de menagem, mandou o conde de Marialva, D. Francisco Coutinho, abrir uma grande e bela janela de assentos. Indo el rei D. João II a Lamego pouco depois de se concluir esta obra, perguntou lhe o conde, muito ufano, o que lhe parecia aquela janela; mas em vez do elogio que esperava, respondeu-lhe o monarca: «Que mais sabia quem a abrira que quem a mandou abrir.» Resposta certamente mui adequada e que bem quadra aos nossos modernos inovadores, quando sem ciência, nem consciência, deturpam e mascaram os monumentos antigos com remendos á moderna.

Conta-se também deste soberano que, achando- se próximo a morrer na vila de Alvor, mandara chamar o bispo de Lamego, D. João Madureira Camelo da Silva, que vivia vida desregrada, para lhe dizer que levava deste mundo um grande arrependimento e desconsolo pelo ter nomeado bispo; e rematando por lhe pedir que ao menos lhe prometesse emenda.

Envergonhou-se e comoveu-se o bispo com a repreensão e pedido do rei moribundo, que lhe prometeu emendar-se, e assim o cumpriu, sendo dali em diante um prelado exemplar. Em memoria deste sucesso, apenas se recolheu á sua diocese, mandou tirar de cima do retabolo da capela mor da sé, que era de talha doirada e obra sua, o escudo das suas armas e, no lugar dele, fez colocar uma cruz com as insignias episcopais, e por baixo duas mãos travadas uma da outra.

A vizinhança do rio Douro e de um santuário grandioso, e muito venerado; num terreno acidentado, onde os montes se erguem cobertos de bosques e os vales bem cultivados e sempre verdejando, graças á abundância da agua e á humidade que espalham amiudados nevoeiros, todas estas circunstancias fazem formosos e pitorescos os subúrbios de Lamego. E além disto são muito produtivos, em vinhos especiais, principalmente, em azeite, cereais, legumes, frutas, linho, gados e caça.

Fazem-se na cidade duas feiras anuais e mui concorridas, uma no primeiro dia de Março e ia outra a 3 de Maio. Lamego conta uns nove mil e trezentos habitantes. É actualmente capital de um distrito e como tal é sede de um governador civil e mais autoridades administrativas, de fazenda e de justiça. Tem um liceu e um regimento de infantaria.

Por Ignacio de Vilhena Barbosa


***

Pelo Censos 2011 Lamego conta com 26 707 habitantes


Freguesias de Lamego

Almacave (Urbana Lamego), Avões (perímetro urbano), Bigorne, Britiande, Cambres, Cepões (perímetro urbano), Ferreirim, Ferreiros de Avões, Figueira, Lalim, Lazarim, Magueija, Meijinhos, Melcões, Parada do Bispo, Penajóia, Penude, Pretarouca, Samodães, Sande (perímetro urbano), Sé (Urbana Lamego), Valdigem, Várzea de Abrunhais, Vila Nova de Souto d'El-Rei (perímetro urbano)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Imagens Milagrosas em Portugal - Senhor da Fraga, Ferreira de Aves



Imagens Milagrosas em Portugal - Senhor da Fraga, Ferreira de Aves


Junto a Ferreira de Aves existe o Senhor da Fraga, muito milagroso e de grande veneração pela muita gente que ali acorre em romaria de todo o Bispado de Viseu, atraídos não só das maravilhas do Senhor, mas também da virtude da água de uma fonte, que ali há tempos brotou.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Penalva do Castelo (Viseu) precisa de um médico


Gazeta de Lisboa, 8 de Abril de 1806

Penalva do Castelo (Viseu) precisa de um médico 

No Concelho de Penalva, Câmara de Viseu, se precisa de um Medico, o qual tem de partido da Câmara duzentos e cinquenta mil réis, além de outros partidos particulares. Quem quiser ser nele provido, pode dirigir se ao Doutor Juiz de Fora ou á Comarca da sobre dita Vila .

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Classificação do Académico de Viseu na 1ª Divisão, 26ª Jornada de 1978/79

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Classificação do Académico de Viseu na 1ª Divisão, 26ª Jornada de 1978/79

Académico de Viseu perde em casa com Beira-Mar. Sporting empata em Braga-

Académico de Viseu na 1ª Divisão - Nos Quartos de Final da Taça


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Académico de Viseu na 1ª Divisão - Nos Quartos de Final da Taça

O Académico de Viseu foi eliminado pelo Braga nos Quartos de Final da taça de Portugal 78/79

Classificação do Académico de Viseu na 1ª Divisão, 1 de Abril de 1979


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Classificação do Académico de Viseu na 1ª Divisão, 1 de Abril de 1979

Académico de Viseu perde em casa com o Estoril e aproxima-se da descida de divisão. Porto e Sporting empatam a zero e Benfica ganha 3-0 ao Boavista.

Classificação do Académico de Viseu na 1ª Divisão, 25 de Março de 1979

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Classificação do Académico de Viseu na 1ª Divisão, 25 de Março de 1979

Académico de Viseu perde com Guimarães e continua em último lugar. Benfica empata na Póvoa de Varzim e jogo entre F. C. Porto e Boavista é suspenso aos 12 minutos por causa do mau tempo.

Académico de Viseu na 1ª Divisão - Chega aos Quartos de Final da Taça

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Académico de Viseu na 1ª Divisão - Chega aos Quartos de Final da Taça

A vencer por 2-1 o Espinho, o Académico de Viseu chega aos Quartos de Final da Taça de Portugal 1978/79. Possíveis adversários para já: Sporting, Penafiel, Fafe, Académico de Coimbra, Braga

Académico de Viseu - Sporting, na 1ª Divisão, 11 de Março de 1979

Classificação do Académico de Viseu na 1ª Divisão, 11 de Março de 1979

Grande dia na cidade de Viseu, um Académico de Viseu - Sporting Club de Portugal. Quem se lembra, lembra-se da célebre frase: «Eu sou do Sporting mas quero que o Académico ganhe!». Perdeu o Académico de Viseu com o Sporting, apenas por 1-0.