sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Maias 2012 - Quem foram os Maias?

Maias 2012 - Quem foram os Maias?

Durante o primeiro milénio da nossa era, os Maias ergueram a mais florescente civilização da América.



Matemáticos de génio, grandes astrónomos e inventores de uma escrita, ignoravam os metais e utilização instrumentos de pedra polida, o que muito se assemelha ao nosso Período Neolítico, mas edificaram sumptuosas cidades sagradas em pleno coração da floresta virgem. Nos seus templos imponentes, colocados no cimo de pirâmides que atingem, por vezes, a altura de cinquenta metros, desenrolavam-se cerimónias rituais e de iniciação, das quais algumas pedras magnificamente esculpidas nos transmitiram o testemunho. Infelizmente ainda hoje nos escapa a maior parte do seu significado, tal como de quase todos os hieróglifos encontrados.

Por que razões misteriosas o povo Maia escolheu uma região tão hostil e de dificil acesso para aí desenvolver a mais notável civilização das Américas?

Outra pergunta: os Maias descobriram o milho e a agricultura, fundamento essencial da sua vida, mas nunca passaram do estado primitivo de semearem em terra queimada, contentando-se em ter como único instrumento uma vara aguçada, que utilizavam como semeador. Porquê?

A própria origem dos Maias é misteriosa. Sabe-se que o povoamento da América se fez com a chegada de pequenos grupos étnicos, que, caminhando desde a Ásia, através do estreito de Bering, no decurso de uma lenta migração, começada há cerca de vinte mil anos. Teriam os Maias chegado pelo mesmo caminho? Pertenceriam eles às vagas migratórias que, muito mais tarde, atravessaram o Pacífico, durante o primeiro milénio precedente à nossa era? Donde vinham estes pequenos homens atarracados, de nariz aquilino, tão diferentes fisicamente dos outros povos da América? J. E. Thompson, um grande especialista emassuntos Maias considera a hipótese de os maias serem primos afastados dos Sumérios, os astrónomos que edificaram numerosas pirâmides três mil anos antes...

A antropologia física diz-nos que, contrariamente  aos seus vizinhos, os maias classificavam-se entre os indivíduos mais braquicéfalos do mundo. A frequência das suas pulsações cardíacas (cinquenta e duas por minuto em vez de setenta e duas) coloca-os ao lado dos grandes iniciados e mestres de ioga do mundo.

Aliás, tudo o que caracteriza os Maias pertence ao domínio do insólito. Quando uma mulher perdia o seu filho, cortava um dedo, que punha no caixão. A barba era uma regalia da aristocracia, e tornava-se, pois, necessário queimar a cara das crianças com panos muito quentes para que, mais tarde, fossem imberbes. O estrabismo era uma qualidade estética muito procurada; nesse sentido deixava-se cair, entre as sobrancelhas dos bebés Maias, uma bola de resina agarrada a uma madeixa de cabelos, para os obrigar a entortar os olhos. Deformavam-se igualmente os crânios dos recém nascidos, prática também utilizada no Médio Oriente e entre os Incas, de modo a obter-se uma testa alta e direita, tão característica das caras Maias encontradas em baixos-relevos.



Mas o enigma mais perturbante da civilização Maia é o seu inexplicável desaparecimento. No século X da nossa era, isto é, várias centenas de anos antes da chegada dos espanhóis à América, e sem qualquer razão aparente, os Maias abandonaram bruscamente todas as suas cidades de pedra à voracidade da floresta invasora.

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