terça-feira, 16 de agosto de 2011

História: Templários em Portugal

História


ORDEM DO TEMPLO EM PORTUGAL


Os anais dos templários em Portugal estão enlaçados com a historia da fundação da monarquia e da libertação desta terra do poder dos sarracenos. Equivale isto a dizer que esses anais estão cheios de lacunas que ainda nenhum cronista preencheu e de lugares escuros onde se tem perdido em conjecturas e opiniões encontradas os diversos autores que tem tratado d esta celebre ordem de cavalaria.

O primeiro ponto que tem sido posto em dúvida é a época da introdução da ordem neste país. O segundo, quem foi nele o primeiro mestre dos templários.

Quanto á época não se limita a questão ao ano preciso em que se realizou aquele acontecimento. Tem sido matéria de controversa se foi sob o governo do conde D. Henrique de Borgonha se no da rainha D. Teresa, sua esposa, depois de viúva, se no reinado de seu filho el rei D. Afonso Henriques.

Não nos devemos porém admirar de que apresentem tal divergência de opiniões os escritores que trataram deste assunto séculos depois da extinção da ordem, quando vemos que se deram as mesmas dúvidas em tempo em que existiam ainda no país os cavaleiros do Templo.

Por ocasião da extinção da ordem em 1314, ordenou el rei D. Dinis que se tirasse uma minuciosa inquirirão sobre os usos costumes e jurisdições dos templários, e sobre as preeminencias que os Reis de Portugal tinham sobre esta ordem. Executou-se a determinação del rei. Abriram a devassa em Coimbra João Paes de Soure, e em Castelo Branco, Ayres Pires, almoxarife. Foram inquiridas muitas testemunhas de que se lavrou o competente auto, cujo original guarda no real arquivo da Torre do Tombo. Neste documento declaram algumas testemunhas, que sempre ouviram dizer, e fora, e era fama e crença terra, que os templários vieram a Portugal no do conde D. Henrique, pedindo a este príncipe os empregasse na guerra que trazia contra os moiros. No mesmo documento vê-se que outras testemunhas atribuem a D. Afonso Henriques a introdução da ordem.

Bastará porém para refutar aquela fama e a comparação da data em que o conde D. Henrique morreu, com a fundação da ordem dos templários que é muito posterior.

Entretanto é fora de dúvida que a entrada dos templários em Portugal se efectuou sob o governo da rainha viúva D. Teresa, sendo ainda menor o D. Afonso Henriques. O erudito autor Elucidário cita, em abono desta opinião varias doações e confirmações feitas por aquela soberana aos cavaleiros do Templo, cujos originais se guardavam no cartório do convento de Tomar. A mais antiga dessas doações é a do castelo e terra de Soure, que então ficavam na fronteira de território de moiros. Esta doação tem a data XIIII, K. April, E.M.C.L. XVI, que é o anno de Christo de 1128. Poucos dias depois confirmou e ampliou esta doação a rainha D. Teresa e no ano seguinte renovou- a seu filho D. Afonso Henriques.

Vê-se pois destes documentos que a ordem do Templo entrou neste país antes de ser aprovado o seu instituto pelo concilio de Troyes. celebrado no dia 14 de Janeiro de 1128. Sabe- se também por documento autentico, que já aqui existia em 1126; ignora-se porém o ano da sua entrada.

Dissemos que outro ponto controverso era o nome do primeiro mestre dos templários no nosso país. Quase todos os nossos escritores nomeiam como tal a D. Gualdim Pais. Todavia, de diferentes escrituras que existiam no cartório de Tomar, e de outras que se devem de conservar em outros arquivos do reino, citadas pelo mesmo escritor, deduz este que fora D. Gualdim Pais o sexto mestre do Templo.

O primeiro mestre de que se acha memoria naqueles documentos é de D. Guilherme Ricardo. Como tal aparece assinado em escrituras anteriores a 1126.


O segundo, D. Raimundo Bernardo, foi o que aceitou a doação do castelo e terras de Soure á rainha D. Teresa. Vivia então D. Raimundo em Braga, onde os templários tinham casa, a primeira talvez que possuíram em terra portuguesa.

Foi terceiro mestre D. Pedro Froilaz, no ano de 1140; e quarto D. Ugo de Martonio em 1143.

Sob o governo deste ultimo adquiriram os cavaleiros do Templo muita gloria combatendo ao lado del rei D. Afonso Henriques na expugnação da torreada Santarém, uma das mais fortes praças de guerra da Estremadura em que flutuava o pavilhão muçulmano. Nesta empresa ousadissima vingaram-se os templários da afronta que os moiros lhes tinham feito pouco antes no castelo de Soure, onde os cristãos, pela maior parte, foram mortos ou cativos e o castelo destruído.

Tomada Santarém aos 15 de Março de 1147, el rei D. Afonso Henriques, em cumprimento do voto que fizera, doou á ordem do Templo a jurisdição eclesiastica de Santarém.

Realizou se no ano seguinte a conquista de Lisboa, na qual os templários também auxiliaram aquele guerreiro monarca.

Investido porém D. Gilberto na dignidade de primeiro bispo de Lisboa, não tardou a pretender reivindicar a jurisdição eclesiastica de Santarém, que a ordem do Templo usufruía. Correu grande e prolongado litígio no país e em Roma, a que a final pôs termo el rei D. Afonso Henriques, persuadindo os templários a cederem aquela jurisdição, recebendo em troca o castelo e território de Ceras, por doação datada de Fevereiro do ano de Cristo de 1151. Era a esse tempo mestre do Templo D. Gualdim Pais, que sucedera nesse cargo a D. Pedro Arnaldo em 1157. E foram estes dois os primeiros mestres portugueses que teve a ordem neste reino.

Não obstante o que deixamos dito, este segundo ponto histórico da sucessão dos seis primeiros mestres, não é tão averiguado como o do nome do soberano que recebeu a ordem neste país. Naquele caso, o que nos faz dúvidas é a diversidade de títulos com que figuram ou se assinam nas aludidas escrituras os cavaleiros referidos como primeiros mestres. É certo que preceptor e magister é a mesma coisa; mas não nos parece que o seja procurator, sem embargo do parecer de escritores autorizados.

Quando a ordem do Templo se espalhou da Palestina pelos diversos países da Europa que a acolheram, criou os cargos de mestres, comendadores e priores, para o governo dos cavaleiros nos diferentes estados, e nas diversas casas ou conventos de cada estado, ficando todos sujeitos á autoridade do grão mestre que residia na cidade de Jerusalém. O titulo de mestre, simplesmente, ou mestre provincial, ou preceptor, designava o chefe ou governador da ordem em cada reino. O comendador ou comendador mor, parece que era o cavaleiro que tinha inspecção ou jurisdição em mais de uma casa ou convento. Prior era o titulo do prelado de cada um dos conventos.

O padre Viterbo pretende que o titulo de procurador era equivalente ao de mestre ou preceptor. Não nos parece que o seja, pois que semelhante vocábulo designa a missão especial de procurar ou tratar quaisquer negócios e não autoridade governativa ou docente. Por outro lado devemos considerar que, enriquecendo-se a ordem por via de doações régias e particulares, forçosamente havia de ter necessidade, pela acumulação de negócios e demandas, de criar o cargo de procurador na acepção restrita que lhe damos, cargo que não poderia ser compatível com as altas e variadas funções de mestre. Daremos de mão, porém, a estas questões, que não podem deixar de chamar a atenção de quem se propuser a escrever a historia dos cavaleiros do Templo, mas que mal cabem num artigo, que nem sequer pode aspirar a honras de esboço histórico, pois que não passa de uma relação de várias noticias sobre aquele assunto.

Voltando a D. Gualdim Pais, diremos que a respeito não resta a menor dúvida de que fosse mestre dos templários e natural deste país. Não se limitou a historia a arquivar somente o seu nome e titulo, escritos em doações e outros documentos; guardou e comemorou também as suas acções, gravando no mármore.

Foi sob o longo e esclarecido governo deste valoroso mestre que a ordem teve em Portugal o maior impulso e desenvolvimento. Nascido em uma aldeia próximo de Braga, então chamada Marecos, e agora Amares, em 1118, ano em que se fundou a ordem; armado cavaleiro por el rei D. Afonso Henriques em 1139, no campo de Ourique; partindo depois para Palestina onde entrou na ordem do Templo, ilustrou-se durante cinco anos nas guerras contra os da Síria e do Egipto. Voltando a Portugal ao cabo desse período foi feito comendador da casa dos templários em Braga, onde se achava nesta qualidade no ano de 1148. Nove anos depois foi nomeado mestre da ordem neste reino.

Em 1159 fez-lhe D. Afonso Henriques a doação do castelo e território de Ceras, de que que acima falámos. Precederam e sucederam a esta muitas outras doações de terras, castelos e outras propriedades feitas pelo mesmo soberano ao dito mestre, em recompensa dos muitos e grandes serviços que os templários lhe fizeram, auxiliando-o eficazmente nas suas arrojadas empresas contra os moiros.

Entre os castelos de que tratam aquelas doações figura o celebre castelo de Almourol, fundado pelos romanos sobre uma ilha de escarpados rochedos que se ergue do meio do Tejo, quase em frente de Tancos, e levantado das ruínas em que então se achava por D Gualdim Pais.

Cuidando com diligência e actividade de assegurar e defender contra os sarracenos os territórios doados á ordem, apressou se D Gualdim a edificar, nas terras pertencentes ao senhorio de Soure, o castelo de Pombal, e nas de Cera, ou Ceras, além de uma fortaleza, a igreja que havia de servir de cabeça da ordena.

Neste território, pois, escolheu para a edificação da casa, as vizinhanças do sitio em que se viam ainda alguns vestígios da antiga cidade de Nabancia, que florescera no tempo do domínio romano, e que fora destruída ao que se presume pela invasão dos árabes. Jaziam aquelas ruínas sobre uma colina na margem esquerda do rio Tomar, que mais tarde trocou este nome que os árabes lhe puseram para significar a pureza de suas águas, pelo de Nabão que hoje tem, como derradeira memoria da cidade, cujos restos forneceram os materiais para as construções dos templários.

O desejo de aproveitar o castelo de Ceras, obra muito anterior, arruinada provavelmente pelos destruidores do império romano na sua entrada na Lusitânia no século V; o pensamento devoto, talvez, de fundar a sede da ordem num lugar já memorando para a religião pela existência de um antigo mosteiro
beneditino, que fora sentar-se no meio daquelas solidões, entre o rio e as relíquias da cidade de Nabancia, num lugar, finalmente, santificado no século VII com a vida e martírio da virgem Santa Iria ou Irene; foi tudo isto certamente o que levou D. Gualdim Pais a lembrar-se de reedificar o castelo, apesar da impropriedade do sitio para uma fortaleza, e a reconstruir o convento e igreja que pertenceram aos monges beneditinos, dando lhe a invocação de Santa Maria do Olival.



Corria pois o anuo de 1159 quando D. Gualdim Pais começou a reconstrução do castelo de Ceras para fortaleza principal da ordem, e ao mesmo tempo a reedificação do antigo mosteiro e igreja dos beneditinos, aquele para habitação dos cavaleiros durante a paz, e esta para os exercícios do culto divino e também para jazigo dos membros da ordem.

Todavia em quanto os trabalhos progrediam, reconheceu o mestre dos templários que a situação do castelo era péssima, tanto por se achar em meio de terras áridas e estéreis, como por carecer de elevação e de outras condições naturais, sem as quais mal se podia defender uma fortaleza segundo o uso de guerra daquele tempo, contra um exercito forte e aguerrido. Resolveu, por conseguinte, escolher lugar mais apropriado para a fundação de uma fortaleza que devia ser o ponto de partida das empresas cavaleirosas de homens que faziam da guerra profissão de vida e preceito religioso.

Defronte da fachada da igreja, três ou quatro metros afastada do adro, levanta-se uma torre quadrada, que mostra bem visivelmente ser obra de duas épocas mui distantes entre si. A parte mais antiga eleva-se do solo até metade da altura do edifício. Esta parte é sem dúvida coeva com a fundação do vizinho templo. É toda construída de cantaria tostada e carcomida pelo correr dos séculos. Além de uma porta, baixa e muito estreita, de forma ogival, na face que olha para o templo, não tem nem apresenta sinais de ter tido outra porta ou janela.

A metade superior do edifício foi acrescentada por ordem del rei D. João III, com o fim de apropriar construção dos templários a uma torre de sinos. E por essa ocasião, provavelmente, apearam a cantaria que formava as ameias, com as quais se completava aspecto guerreiro da torre primitiva. Essas pedras, cuja feição particular as não deixa confundir com quaisquer outras destinadas a diferente serviço, acham-se presentemente parte delas meio enterradas no chão, unidas umas ás outras e encostadas ao evasamento da mesma torre de ambos os lados da porta; e parte no adro da igreja, também colocadas contra parede desta, aos lados da porta principal, onde servem de assentos.

A coroa de ameias que outrora lhe cingiu o eirado; a porta tão baixa e estreita que apenas cabe ela uma pessoa, que se for nutrida será obrigada a entrar de ilharga; a falta de janelas ou frestas; e, finalmente, a muita grossura das paredes, provam em nossa opinião, exuberantemente, que fora edificada esta torre para servir de fortaleza.

Como os templários abandonassem o castelo de Ceras durante a construção da igreja de Santa Maria do Olival, passando a fundar o castelo de Tomar, do outro lado do rio, levantaram certamente aquela torre para servir de asilo e defensa, no caso de súbita agressão de moiros, aos cavaleiros que então se achassem no serviço daquele templo, e moradores no convento que lhe era contíguo.

Não faça dúvida a falta de capacidade da torre para conter uma guarnição numerosa; nem cause estranheza que, passando-se os templários para a margem oposta do rio, quisessem conservar a sua primeira morada á custa de tantos perigos para os cavaleiros a quem a confiavam.

Para o pequeno numero de templários dedicados ao serviço da igreja de Santa Maria do Olival, era a torre suficiente lugar de abrigo, e não só suficiente, mas também o mais acomodado para uma resistência cujos defensores eram poucos. Perto dali ficavam, é certo, terras de moiros, do que resultava continuas e inopinadas correrias. Porém nessas agressões imprevistas não se apresentava o inimigo em grande força, pois que o seu fim não era conquistar, mas tão somente roubar e destruir as povoações indefesas, e matar ou fazer cativos os cristãos inermes que caiam em seu poder. Para tais inimigos era a torre bastante forte; e além disso, se a hoste sarracena se obstinasse em combate-la, o socorro não se faria esperar por muito tempo, sendo este lugar e seus edifícios vistos do castelo de Tomar desafogadamente.

Quando sobrevinha invasão de exército poderoso, os rumores dos apercebimentos de guerra, dando rebate no território cristão, eram como o grito de alerta que a todos punha em guarda. Tanto a tropa como o povo se acolhiam então aos castelos e fortalezas, e os sacerdotes aí se refugiavam também, levando consigo os vasos sagrados e as imagens santas dos templos.

A razão dos templários quererem conservar a todo o transe a sua igreja de Santa Maria do Olival, não obstante achar-se em lugar ermo e tão exposto ás invasões dos infiéis, não era só em memoria de ser aquela a primeira igreja que a ordem erigiu em Portugal, mas também pela veneração em que tinham o lugar santificado outrora pelas virtudes de religiosos exemplarissimos e pela vida e martírio de uma virgem santa.

Por todas estas razões os templários consideravam esta igreja como matriz da ordem, e nesta qualidade a distinguiram sempre com todas as honras e prerogativas com que lhes foi possível autoriza-la por deliberação sua ou por graça régia e pontifícia que solicitaram e obtiveram. Os cavaleiros de Cristo, sucessores e herdeiros dos templários, conservaram-na em todas essas preeminencias, acrescentando-lhe mais algumas.

Assim pois a igreja de Santa Maria do Olival foi bailia e matriz de todas as igrejas que a ordem de Cristo possuía no reino nas ilhas na África, na Ásia e no Brasil. Gozava das honras de catedral, tendo ao seu serviço como se vê em todas as sés, um masseiro com o bastão ou ceptro, e outros com massas de prata. Era isenta da jurisdição dos bispos, não reconhecendo superior ao seu prelado senão o papa. O seu prior tinha honras de bispo, celebrava pontifical, e usufruía poderes quase episcopais na extensa prelazia de Tomar, cujas igrejas eram consideradas como capelas da de Santa Maria do Olival, de sorte que o prior desta, sendo-o ao mesmo tempo de todas as outras, punha nelas um cura que nomeava e substituía a seu bel- prazer Era nesta igreja que as duas ordens, do Templo e de Cristo, celebravam os seus capítulos e mais solenidades religiosas, não obstante ficar em muita distancia do castelo de Tomar, onde tinham a sua principal residência e templo com a suficiente capacidade para os ofícios divinos e para o esplendor do culto católico. Finalmente, também a mesma igreja foi escolhida pelas duas opulentas e poderosíssimas ordens para servir de panteão aos seus prelados e aos membros mais distintos da comunidade.

Havia nesta igreja um livro semelhante ao de Noa do convento de Santa Cruz de Coimbra, no qual se ia comemorando todos os acontecimentos notáveis não só da ordem e do país, mas também da cristandade e do mundo, tais como as fundações da ordem, os óbitos dos seus mestres e dos soberanos, vitorias obtidas contra os moiros, o martírio e a canonização de santos, terremotos grandes, tempestades, constituindo assim interessantissimos anais. Este livro, que denominavam Bezerro, perdeu-se, infelizmente.

Todas aquelas prerogativas, regalias e usos se conservaram intactos até ao reinado de D. João III. Com a reforma que este soberano introduziu na ordem Cristo, bem como nas outras ordens de cavalaria, assumindo com autorização pontifícia o cargo grão mestre de cada uma, e obrigando os cavaleiros de todas á clausura e regularidade conventual, perdeu a igreja de Santa Maria do Olival muito do antigo lustre e primazia. Os cavaleiros de Cristo, desde então denominados freires obedecendo ao preceito claustral, começaram a exercer o culto e a celebrar as solenidades da ordem na igreja edificada dentro do castelo de Tomar pelos templários, e reformada e acrescentada por el rei D. Manuel.

Passou então a igreja de Santa Maria do Olival a ser administrada por um vigário. Não a despojaram, é certo, da preeminencia que até ali disfrutára, mas privaram-na das pompas do culto que lhe davam vida e autoridade que os títulos e honras que lhe deixaram. Correram porém os tempos; operou-se no país a grande revolução social que lhe mudou as instituições, reformou os costumes, e deu novo rumo ideias; e a igreja de Santa Maria do Olival viu sumirem-se todos esses títulos e honras no cataclismo que destruiu as ordens religiosas em Portugal.

O templo, que a devoção de tantas gerações circundou de edifícios e capelas, como outras tantas igrejas sobre si, acha-se hoje em lugar ermo e meio soterrado. É a cabeça das duas ordens mais ricas e poderosas que tem havido em o nosso país; a insigne matriz de tantas igrejas erigidas na África, Ásia, na América e nas ilhas do Oceano, recebeu em troca de tão elevadas prorogativas o modesto titulo paroquia matriz da vila, hoje cidade de Tomar.


I. de Vilhena Barbosa

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