Filhos do Conde D. Henrique, bastardos incluídos

Filhos do Conde D. Henrique, bastardos incluídos


Ou os irmãos de D. Afonso Henriques

O Conde D. Henrique, pai do primeiro rei de Portugal, nasceu pelo ano de 1066 na Borgonha, sendo filho do duque Roberto I e de Beatriz ou Sibila de Barcelona e irmão dos também duques Odo I e Hugo I.

Como filho mais novo e, portanto, sem grandes hipóteses de receber alguma herança, veio para a Península Ibérica e, depois de ajudar Afonso VI de leão e Castela a conquistar a Galiza, este rei deu-lhe por esposa uma sua filha bastarda, D. Teresa e, mais tarde, em 1096, o Condado Portucalense.

Morreu em Astorga a 24 de Abril de 1112.

O casal Henrique e Teresa, antes do nascimento de Afonso Henriques, teve uma filha, D. Urraca, nascida em Guimarães. Casou esta com D. Bermudo Pais de Trava, conde de Trastâmara. Nasceram duas filhas deste matrimónio de uma das quais procedem os Viscondes de Vila Nova de Cerveira.

Depois nasceu D. Afonso Henriques, que seria o primeiro rei de Portugal.

Mas o casal de condes, Henrique e Teresa, deram mais duas irmãzinhas ao primeiro rei de Portugal.

D. Sancha Henriques, que casou com Fernão Mendes de Bragança, chamado o Bravo, fidalgo aventureiro que passou pela batalha de Ourique. O casal não teve filhos.

E, D. Teresa, que casou com D. Sancho Nunes de Barbosa, descendente do conde D. Nuno de Cela-Nova.

BASTARDO

Por fora, o mesmo é dizer, sem ser com D. Teresa, teve o Conde D. Henrique mais um filho, D. Pedro Afonso, filho de mulher nobre, valente Capitão, como o demonstrou em várias batalhas em que se encontrou ao lado de seu irmão D. Afonso Henriques. Em França, para onde o rei seu irmão o mandou como Embaixador, foi muito estimado; e com a amizade que lá fez com S. Bernardo, voltando a Portugal e dando notícias do santo a seu irmão, foi a causa principal de que el Rei fundasse o Convento de Alcobaça, no qual D. Pedro se recolheu. D. Afonso Henriques e toda a Corte assistiram à sua tomada de hábito. Morreu mais honradamente do que tinha vivido, porque deixou de ser Príncipe para ser santo. Nunca se quis ordenar de Missa, julgando-se indigno de tão soberano exercício. Faleceu a 9 de Maio de 1169 e jaz em Alcobaça ao pé do Altar Mor, do lado do Evangelho.