Filhos do rei D. João IV de Portugal, bastarda incluída
D. João IV, de cognome «O Restaurador» nasceu em Vila Viçosa a 19 de Março de 1604 e morreu a 6 de Novembro de 1656.
Era filho do sétimo Duque de Bragança D. Teodósio II e da duquesa espanhola D. Ana de Velasco y Girón.
Herdou o senhorio da casa ducal de Bragança em 1630 como D. João II, 8º duque de Bragança, 5º Duque de Guimarães e 3º Duque de Barcelos. E ainda: 7º Marquês de Vila Viçosa e conde de Barcelos, Guimarães, Arraiolos, Ourém e Neiva. Remate-se tudo com 14º Condestável de Portugal.
Por via paterna era trineto do rei D. Manuel, por D. Catarina, infanta de Portugal, sua avó paterna.
Casou com D. Luísa de Gusmão a 12 de Janeiro de 1633, filha do 8º Duque de Medina-Sidónia.
O Príncipe D. Teotónio nasceu em Vila Viçosa a 8 de Fevereiro de 1634. Foi jurado Príncipe de Portugal a 28 de Janeiro de 1641. Morreu a 15 de maio de 1653 e jaz em Belém.
D. Ana nasceu em Vila Viçosa a 21 de Janeiro de 1635 e morreu no mesmo dia. Jaz no Coro das Religiosas do Mosteiro das Chagas de Vila Viçosa.
A Infanta Dona Joana nasceu em Vila Viçosa a 18 de Setembro de 1636. Morreu a 17 de Novembro de 1653. Jaz em Belém.
A Infanta D. Catarina nasceu em Vila Viçosa a 25 de Novembro de 1638. Casou com Carlos II de Inglaterra a 18 de maio de 1661. Sofreu bastante em Londres, acusada pelo Parlamento de querer introduzir a Religião Católica em Inglaterra, a ponto de tentarem envenená-la. Sete anos depois da morte do marido voltou a Portugal a 20 de Janeiro de 1693. Em 1704, quando o rei D. Pedro II, seu irmão, passou à Beira, ficou a governar o Reino. Mas a 31 de Dezembro de 1705 morreu, com muita pena de todos. Jaz em Belém.
D. Manuel nasceu em Vila Viçosa a 6 de Setembro de 1640, mas morreu logo. Jaz no Convento de Santo Agostinho de Vila Viçosa.
O Infante D. Afonso, futuro Afonso VI.
O Infante D. Pedro, que roubou o trono ao seu irmão Afonso e seria D. Pedro II.
Filha bastarda de D. João IV
Fora do matrimónio teve D. João IV D. Maria, que nasceu em 1643. Foi criada em casa do Secretário António Cavide, ao qual passou a Rainha D. Luísa alvará de tutor, curador e administrador da pessoa e bens da dita. Da casa do sobredito Secretário foi metida no Mosteiro de Carnide no ano de 1649 (tinha 6 anos de idade), onde vestiu o hábito da Religião de Santa Teresa, mas não professou. Nunca foi à Corte em público; porém, indo às Caldas, foi acompanhada por António Álvares da Cunha e de sua irmã, a Condessa de Vila-Flor. O rei D. João IV declarou-a sua filha e deixou-lhe a mercê da Comenda maior de Santiago e das vilas de Torres Vedras e Colares, cujas disposições foram inteiramente satisfeitas pela Rainha Regente e pelo rei Afonso VI, os quais em todos os Decretos, Alvarás e Cartas em que falavam nela a tratavam por Dona Maria, muito amada e prezada irmã, sem o título de Infanta, porque não se dava em Portugal tal título a filhos ilegítimos. Esta Senhora D. Maria fez vários e grandiosos donativos ao Mosteiro em que viveu até aos cinquenta anos de idade, morrendo a 6 de Fevereiro de 1693. Jaz no Coro do mesmo Mosteiro.
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