quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Jesus, os Nazis e os Templers

Jesus, os Nazis e os Templers



A seita dos Templers, sem ligação aos Templários, acreditava que Belém da Galileia, a 14 quilómetros a Oeste de Nazaré, era o verdadeiro lugar do nascimento de Jesus, e não a cidade do mesmo nome na Cisjordânia.

Para o arqueólogo Aviram Oshiri (1), esta hipótese faz todo o sentido, tendo em conta que Maria estava grávida de nove meses e estamos a falar da diferença entre viajar 14 km ou 175 km.

A seita dos Templers, instalou uma colónia em Belém da Galileia em 1906, considerando o local como o mais apropriado para o regresso de Cristo.

Os Templers tinham sido expulsos da Igreja Evangélica Luterana da Alemanha no século XIX. Acreditavam que, vivendo na Terra Santa, que consideram sua, estavam mais a salvo do pecado.

Muitos apoiaram abertamente o Partido nazi de Hitler dos anos de 1930, abrindo as suas próprias filiais e erguendo a suástica em Belém. Boicotaram os negócios de judeus, saudavam em nome do Fuhrer e mandavam os filhos para a Juventude Hitleriana.

A sua presença na Galileia tornou-se importante quando Hitler tentou reescrever o Cristianismo. Com Himmler, o chefe das S.S., Hitler acreditava que longe de ter sido rei dos odiados judeus, Jesus nascera em tribos arianas nunca expulsas da Galileia.

Em 1939, muitos Templers foram lutar pela Alemanha Nazi; os que ficaram na Palestina, sob dominação britânica, foram declarados inimigos; Belém da Galileia foi transformada num campo de internamento.

Em 1941, mas de 500 Templers foram deportados para a Austrália e antes de 1944 outros 400 foram trocados por judeus prisioneiros em campos de concentração.

Em 1950, os últimos Templers, na sua maioria velhos, deixaram Belém da Galileia.

Tradução parcial do artigo publicado no Mirror de 27 de dezembro de 2014

Mais informações sobre os Templers na Wikipedia

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