sábado, 17 de setembro de 2011

História de Arcos de Valdevez e imagem do antigo brasão



História de Arcos de Valdevez e antigo brasão (imagem de 1860)

A VILA DOS ARCOS DE VALDEVEZ

É muito antiga a origem desta vila. Pretendem alguns autores que no tempo dos romanos fora uma povoação importante, com o nome de Arcobrica. O que é certo é que já existia no reinado de el rei D. Afonso Henriques, ao qual se atribui a fabrica primitiva dos arcos que se vêem na sua praça principal.

Dizem alguns escritores, que o seu nome actual se deriva destes arcos, e da situação da vila próximo do rio Vez. Porém outros querem que provenha dos arcos triunfais que os seus moradores levantaram a el rei D. Manuel, quando por aí passou em romaria a Santiago de Galiza, por cuja ocasião lhe deu foral.

No ano de 1128, antes da aclamação de Afonso Henriques como rei de Portugal, alcançou aqui este príncipe uma grande vitoria contra os castelhanos.

Está assentada a vila dos Arcos na província do Minho, em lugar um pouco elevado, perto do rio Vez. Tem uma única paroquia dedicada ao Salvador, cujo templo foi reedificado por D. Pedro II nos fins do século XVII. A igreja da Misericordia, fundada em 1595, passa por uma das melhores de toda a província.

Contam-se na vila e subúrbios varias ermidas, a algumas das quais concorrem muitos cirios em diversas épocas do ano. Também possuía um pequeno convento de frades capuchos da província de Santo António dedicado a S. Bento e construído em 1678.

Além da praça do Pelourinho, guarnecida de casas sobre arcadas, tem esta vila três belos campos, o primeiro entre a igreja paroquial e a do Espírito Santo; o segundo no meio da povoação, ao qual faz frente a casa da câmara; e o terceiro, contíguo  á porta de S. Braz. O Pelourinho é uma boa obra. Muitas fontes de excelente agua abastecem abundantemente esta povoação.

Os arrabaldes são mui formosos. Por todos os lados corre agua e se elevam frondosos arvoredos. As margens do Vez são encantadoras. Todo o termo dos Arcos é fertilissimo, tanto pela abundância dos mananciais, como pela qualidade do torrão, que é do melhor da província. Criam-se nele muitos gados e produz grande quantidade de cereais, principalmente milho, legumes, vinho, frutas, hortaliças e linho. A caça é muita variada e excelente No rio pescam se trutas eirozes, bogas e escalos.

É esta vila cabeça de condado desde o tempo de Filipe IV de Castela, que fez primeiro conde a D. Lourenço de Brito e Lima, cuja descendencia se extinguiu em seu filho, Foi terceiro conde D, Tomas de Noronha, de onde procedem os actuais condes.

Conta esta vila perto de mil e setecentos habitantes. O seu brasão de armas, como se acha na casa da câmara, é o escudo das armas reais, entre a esfera armilar e a cruz da ordem de Cristo, que são as divisas de el rei D. Manuel.

Por Ignacio de Vilhena Barbosa


***
Pelo Censos 2011 Arcos de Valdevez conta com 22 855 habitantes

Arcos de Valdevez é uma vila do Distrito de Viana do Castelo

As freguesias de Arcos de Valdevez são as seguintes:
Aboim das Choças, Aguiã, Álvora, Ázere, Cabana Maior, Cabreiro, Carralcova, Cendufe, Couto, Eiras, Ermelo, Extremo, Gavieira, Giela, Gondoriz, Grade, Guilhadeses, Loureda, Madalena de Jolda, Mei, Miranda, Monte Redondo, Oliveira, Paçô, Padroso, Parada, Portela, Prozelo, Rio Cabrão, Rio de Moinhos, Rio Frio, Sá, Sabadim, Salvador, Salvador de Padreiro, Santa Cristina de Padreiro, Santa Maria de Távora, Santar, São Cosme e São Damião, São Jorge, São Paio, São Paio de Jolda, São Vicente de Távora, Senharei, Sistelo, Soajo, Souto, Tabaçô, Vale, Vila Fonche, Vilela

Eleições Autárquicas - 11/10/2009

Votação por Partido em ARCOS DE VALDEVEZ

PSD: 10419/68,4% - 6 mandatos
PS: 3028/ 19,8% - 1 mandato


Candidatos Eleitos pelo Circulo: Arcos de Valdevez

PPD/PSD - Francisco Rodrigues de Araújo
PPD/PSD - Hélder Manuel Rodrigues Barros
PPD/PSD - Elisabeth Morais Caldas
PS - Júlio Gomes de Abreu Viana
PPD/PSD - Martinho José Pereira Araújo
PPD/PSD - José Pedro Machado de Matos Teixeira
PPD/PSD - Belmira Margarida Torres Rei

Sem comentários:

Enviar um comentário