História de Avis e antigo brasão (imagem de 1860)
A VILA DE AVIS
No reinado de D. Afonso II era Évora o assento dessa nobre ordem de cavalaria que el rei D. Afonso
Henriques instituirá em Coimbra, para se auxiliar com ela na árdua empresa da expulsão dos moiros, a qual, ao principio subordinada á ordem espanhola de Calatrava, e mais tarde declarada independente por Eugénio IV, a pedido do nosso rei D. João I, tão celebre se fez por acções de valor sob a denominação de S. Bento de Aviz.
Correndo o ano de 1211, achando-se o termo da cidade de Évora já desafrontado da presença desses irreconciliaveis inimigos do nome cristão, pediu o mestre daquela cavalaria, D Fernão de Annes, a el rei D. Afonso II, que lhe desse para assento da sua ordem um lugar mais fronteiro a terras de moiros, onde melhor pudesse cumprir os preceitos do seu instituto. O monarca, cedendo a tão justo pedido, fez-lhe doação a 30 de Junho daquele ano. de um terreno na mesma província do Alentejo, distante seis léguas da raia da Estremadura, adaptado ao intento tanto por ter na vizinhança terras de infiéis, como por ser bom sitio pela sua elevação para aí se fundar uma fortaleza.
Tinha a escritura de doação por condições essenciais, que o referido mestre não só levantaria naquele lugar um castelo, mas também fundaria junto dele uma povoação. E consta da mesma escritura, que já
nesse tempo se dava áquele sitio o nome de Avis, proveniente, segundo a tradição das muitas aves,
principalmente águias, que frequentavam e poisavam naquela eminencia.
Só passados três anos é que se deu principio á fundação do convento e castelo, concluindo-se e fazendo-se a mudança sendo falecido o mestre D. Fernão de Annes, e governando a ordem o mestre D. Fernando Rodrigues Monteiro. Logo depois de acabados e povoados o convento e castelo, se começou a edificar e povoar a vila. O nome Avis, que se dava ao sitio, ficou-se dando também á vila e à ordem
que até ali se intitulava da Cavalaria de Évora. O seu foral foi obra del rei D. Dinis.
Como a povoação crescesse rapidamente á sombra dos muros de tão autorizada fortaleza, e sob a protecção de tão esforçados guerreiros, tratou-se de a cercar de muralhas e torres, com as seguintes portas: do Anjo, Debaixo, de Évora, de Santo António, de S Roque e do Postigo. As torres primitivas eram seis; porém nas guerras da restauração de 1640 demoliram-se duas para se construir com os seus materiais dois redutos, conforme o moderno sistema de fortificação. Estes fortes levantaram-se junto ás portas de Évora e de Santo António. Com o tempo veio a povoação a transbordar sobre o seu cinto de muros, estendendo se para o norte, aonde formou um grande arrabalde com três ruas bem guarnecidas de casas.
Está pois a vila d Avis assentada em lugar elevado, sobre a ribeira do mesmo nome, onde tem uma boa ponte vista de Évora, oito léguas para o norte. Tem uma única paroquia, da invocação de Nossa Senhora da Orada, que se ergue no sitio mais alto da vila, e segundo a tradição, a imagem da Senhora foi ali posta pelo Condestável D. Nuno Álvares Pereira.
O principal edifício da vila é o antigo convento dos freires da ordem militar de S. Bento de Avis, fundado como acima dissemos, pelo mestre D. Fernão de Annes, e posteriormente reedificado. Está situado próximo da porta do Anjo, mas da parte de fora dos muros da vila, correndo-lhe pelo meio da cerca a ribeira de Avis.
Tem mais Avis hospital e casa de misericordia, cinco ermidas nos arrabaldes, e duas fontes de agua.
Abunda o seu termo em cereais, legumes, azeite, algum vinho, gados grandes, montados, muita caça e mel.
A população de Avis pouco excede a mil quatrocentas almas. A 3 de Janeiro e a 18 de Agosto fazem-se aqui duas feiras cada uma de três dias.
Gozou antigamente de voto em cortes, com assento no banco nono. O seu brasão de armas, conforme se acha na Torre do Tombo, e o representa a estampa junta, é um escudo com a cruz verde de Avis em
campo de oiro, e na parte inferior duas águias. Todavia numa das portas da vila, denominada de Évora, do lado de fora, vê-se pintado o seguinte quadro: A imagem de S Bento, tendo aos pés o mestre D. Fernão de Annes a cavalo, com escudo embraçado, e um alfange na mão direita. Debaixo das mãos do cavalo está uma cabeça de moira, e para o lado direito duas águias reais sobre uma azinheira. Diz a lenda que indo o referido mestre em procura de sitio para fundar o castelo e convento, descobrira naquele alto duas águias poisadas sobre uma azinheira, e tomando disto bom agoiro se resolvera a fazer aí a dita fundação, dando por este motivo áquelle lugar o nome de Avis; e que em memoria deste sucesso se introduziram as duas águias nas armas da vila.
Por Ignacio de Vilhena Barbosa
***
Segundo o Censos 2011 Avis tem 4576 habitantes
Avis é uma vila do Distrito de Portalegre
As freguesias de Avis são as seguintes:
Alcôrrego, Aldeia Velha, Avis, Benavila, Ervedal, Figueira e Barros, Maranhão, Valongo
Eleições Autárquicas - 11/10/2009
Votação por Partido em AVIS
PCP: 1647/53,9% - 3 mandatos
PS: 1023/33,5% - 2 mandatos
Candidatos Eleitos pelo Circulo: Avis
PCP-PEV - MANUEL MARIA LIBÉRIO COELHO
PS - RUI MANUEL VARELA BARRENTO HENRIQUE
PCP-PEV - NUNO PAULO AUGUSTO DA SILVA
PCP-PEV - ANTÓNIO LUIS MARQUES
PS - JOSÉ RAMIRO DA SILVA CALDEIRA
Segundo o Censos 2011 Avis tem 4576 habitantes
Avis é uma vila do Distrito de Portalegre
As freguesias de Avis são as seguintes:
Alcôrrego, Aldeia Velha, Avis, Benavila, Ervedal, Figueira e Barros, Maranhão, Valongo
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PCP: 1647/53,9% - 3 mandatos
PS: 1023/33,5% - 2 mandatos
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PCP-PEV - MANUEL MARIA LIBÉRIO COELHO
PS - RUI MANUEL VARELA BARRENTO HENRIQUE
PCP-PEV - NUNO PAULO AUGUSTO DA SILVA
PCP-PEV - ANTÓNIO LUIS MARQUES
PS - JOSÉ RAMIRO DA SILVA CALDEIRA
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